quarta-feira, 9 de julho de 2014

Jovem poetisa palestina fala sobre sua arte

Farah Chamma no ECLA
Farah Chamma tinha apenas 12 anos quando começou a escrever poemas. Tinha a atividade como um hobby para expressar coisas do seu coração adolescente. Aos 14, foi convidada para subir ao palco e declamar um de seus textos. Mudou a temática e percebeu a importância de sua arte ao ver alguém na plateia chorar. Encantou-se pela poesia falada e não parou mais de se apresentar desde então. A jovem poetisa esteve no último dia 27, no ECLA – Espaço Cultural Latino Americano, em São Paulo, declamou poesias e conversou com o público sobre seu trabalho. O evento foi promovido em parceria com o ICArabe, como parte da programação dos 10 anos do Instituto.

De família palestina, Farah nasceu em Dubai em 1994 e cresceu declarando-se palestina, mesmo sem nunca ter ido à região. Em algum momento, ela começou a refletir sobre o que é ser palestina. “Em Dubai há prédios bonitos. Não tem conflito. Não tem a questão palestina. Mas tem essa realidade, quando você nasce lá, não pode ter um passaporte [para ir à Palestina]. Mas descobri que não preciso ser palestina para me envolver. Senti que lendo e escrevendo eu vou entender melhor a causa, isso vai me encorajar. Lembrar as pessoas que há um conflito, que tem um povo que está sumindo de um jeito ou de outro, oprimido e muitos não podem voltar.”

A designação “palestina” que aparece ao lado do nome nas apresentações que faz é, segundo Farah, uma forma de resistência. “Isto é para mostrar que o povo existe, que tem gente escrevendo sobre o que está acontecendo. Muitas pessoas no mundo só têm ideias muito vagas sobre a questão”. Neste cenário, a poesia, para ela, entre outras coisas, surge como um meio de transformar acontecimentos ruins em algo positivo, não só da Palestina, mas também de qualquer outro lugar. “Se vejo que tem alguma coisa errada, então vou escrever sobre isso.”

Poesia falada

A poetisa de percepção aguçada, que está entre os mais jovens membros da Poeticians (grupo de poetas e escritores do Oriente Médio), aprendeu que a poesia escrita não é a mesma que se declama. “É muito diferente, tudo muda. Não são só as palavras, é o corpo que começa a declamar”. Esta forma de se expressar, de acordo com ela, é mais forte, transmite mais emoção. Além disso, Farah notou também que as pessoas se interessavam muito por assuntos políticos e sociais. Hoje, não se vê fazendo outra coisa. “Sinto-me responsável. Sinto que posso fazer muito com a poesia”, acredita.

A jovem estudante de Filosofia e Ciência Política na Paris-Sorbonne de Abu Dhabi faz parte de um grupo que organiza eventos toda semana em Dubai para encorajar os jovens estudantes da universidade a falar sobre diferentes assuntos. “Meu objetivo agora é chamar a atenção para a cena da poesia falada em árabe. Mas também quero aprender mais línguas.”

Um vídeo postado por Farah no youtube, no ano passado, no qual ela declamava um poema em língua árabe, que teve mais de duzentos mil acessos, foi o que a fez perceber que havia uma lacuna a ser preenchida no Mundo Árabe. “Lá não há poesia falada, não há meninas que fazem isso. Tem mais homens poetas, não tem poetisas. Agora tenho outro motivo para escrever. As pessoas têm medo de falar, de se expressar. Os meus pais têm medo por mim, falando sobre temas polêmicos. Senti também que há uma ausência na língua árabe, ela está sumindo, comecei a escrever mais, parei um pouco com o inglês.” Segundo ela, a língua inglesa é falada por 90% da população de Dubai. O árabe clássico, utilizado na escrita, acrescenta, é mais difícil que o idioma falado, o que exige mais atenção e várias revisões nos textos.

Viagens

Conhecer, ler, tentar entender e depois escrever sobre os problemas de cada lugar no idioma local foi um caminho que a poetisa encontrou para derrubar as barreiras entre ela e o público. Foi assim na França – onde escreveu sobre o véu - e no Brasil. “Quando cheguei aqui, eu não falava e não entendia o idioma. Queria conversar com as pessoas, não conseguia. Passei um ano estudando a língua e escrevi um poema [Caixas] em português para começar e ver o que podia fazer.”  

Farah diz que se sente em casa no Brasil. Morando em Santos, ela consegue andar pelas ruas, conhecer pessoas, conversar, trocar experiências. Mas alguns pensamentos estereotipados de boa parte dos brasileiros sobre o Mundo Árabe são motivos de tristeza para ela. “Não sei se é por causa da televisão, mas tem alguma coisa que não funciona aqui. São ideias muito superficiais sobre um Mundo Árabe enorme. E isso é muito triste”, lamenta.

Por outro lado, há pessoas de seu país que veem o Brasil como a terra da felicidade, de pessoas alegres que gostam de dançar e jogar futebol. “É uma visão muito mais positiva do que negativa”, garante.

Além de França e Brasil, Farah, já fez apresentações no Marrocos – onde teve problemas para entrar no país, tendo que desmarcar a palestra. Na ocasião, conta ela, os jovens marroquinos se manifestaram nas redes sociais e até a TV local falou sobre o assunto. Após um mês, a situação foi resolvida e ela conseguiu enfim realizar seu trabalho no país. Viajar para entender o mundo, levando na bagagem sua poesia é outro objetivo de Farah. “Quando comecei a viajar, percebi que é muito mais difícil entender as coisas de longe. Tenho que viver para entender. Tenho sorte de poder viajar. Estou muito feliz e não quero parar”, finaliza. 

Texto postado originalmente no site do Instituto de Cultura Árabe: ICArabe

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Roda viva: jornal impresso versus mídias digitais


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O mundo já não é mais o mesmo, o jornalismo impresso também não. Na verdade nunca o foram. A roda viva, cantada por Chico Buarque, sempre existiu e sempre carregou tudo “pra lá”. A questão é: onde fica o “lá”, quando se fala em mídia impressa tradicional e a crise que enfrenta diante das mídias móveis? No futuro? No esquecimento? Numa outra realidade ou forma de se expressar, na qual o antigo e o novo possam caminhar juntos sem que um prejudique o outro? Perguntas não faltam nesta importante discussão.

    
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A roda viva girou e numa das voltas trouxe a tecnologia, um universo inteiro de possibilidades de comunicação e transmissão de informação. As mídias móveis ainda são uma novidade e toda novidade causa encantamento enquanto o velho é posto de lado. É o caso do jornal impresso, coitado, que tenta sobreviver nesse contexto de instantaneidade, no qual o leitor não precisa esperar até o dia seguinte para saber as notícias do dia. A internet atravessa o mundo em segundos e traz os acontecimentos em tempo real, que podem ser vistos pelo celular ou pelo tablet. Competição cruel para a mídia impressa. De fato, carregar um aparelho de celular no bolso ou na bolsa é muito mais prático que andar para cima e para baixo com um monte de papel de cheiro pouco agradável – o bom e velho jornal.

O debate toma outro rumo, no entanto, quando entra na pauta a qualidade do conteúdo. O que se lê na internet nem sempre pode estar vinculado a fontes confiáveis, já que possibilita a qualquer pessoa, jornalista ou não, criar conteúdo de informação. O jornal impresso, por sua vez, é mais completo e confiável. Tem tradição, credibilidade. Mas será que é possível salvá-lo da tragédia que se anuncia aos quatro ventos? Pode ser que sim e pode ser que não. O que é certo dizer, no entanto, é que o homem, um ser do seu tempo, inconstante, mutável, carrega em si a capacidade de se reinventar e jornalismo é feito por homens, o que implica pontos favoráveis ao sim, é possível salvá-lo.

Tal reinvenção será imprescindível para que o jornal impresso saia da crise,  encontre-se e volte a viver como nos bons tempos idos. Pode ser que esse reinventar-se tenha a ver com a forma de escrita e de edição com o objetivo de atrair os jovens, incentivá-los a conhecer esse outro mundo, o mundo do impresso e suas particularidades. O legado do jornalismo escrito em papel terá mais chance de ser passado adiante, se os jovens de hoje tiverem entendimento da importância desse meio para a sociedade.

É inegável a força das mídias móveis, assim como não há dúvidas que jornal impresso morre um pouquinho a cada dia desde o surgimento destes aparelhos. Mas a roda do mundo não vai parar de girar. E o fazer jornalístico do impresso precisa girar com ela, atentar-se às mudanças, mudar o que precisar ser mudado. Além disso, deve saber existir em harmonia com o novo de uma maneira que ambos reconheçam suas diferenças e, a partir destas, (re) construam um jornalismo de qualidade, digno de atravessar o tempo. 


quarta-feira, 21 de maio de 2014

O que será que será?

O mundo está de pernas para o ar. Os contrastes espalham-se em todos os cantos do planeta. De um lado a ganância, a ambição desmedida, a corrupção, pessoas vendendo a alma para o diabo em troca de poder e dinheiro. Do outro, miséria, violência, abandono, descaso, ignorância, alienação. 

Acredito que chegamos a um momento crítico de nossa existência. Ao ápice da miséria humana. Da falta de cuidado com o outro, não só com aqueles que nos cercam, que fazem parte de nossa vida, mas também com as pessoas desconhecidas, com as pessoas que ainda nem nasceram. Não há respeito. O tempo passa em ritmo acelerado. O planeta grita por socorro. 

A natureza sofre e vê a raça humana caminhar para o abismo. Ela, no entanto, reponde com a mesma agressividade os danos sofridos. O poder, o lugar é dela, não nosso. Nós apenas deveríamos viver em comunhão com ela, mas isso não acontece. Pelo contrário, a destruímos dia a dia. Esta é uma característica forte do ser humano, a destruição, que ocorre pela falta de limites. Degradamos nosso planeta com guerras pelos mais variados motivos, com egoísmos, com uso desmedido e irresponsável de seus recursos que deveriam ser preservados para as futuras gerações. 

Os poderosos são os maiores culpados. Os miseráveis sofrem as consequências a curto prazo. No longo prazo, no entanto, todos pagarão por tamanha irresponsabilidade e desamor. Muitos não entendem que tudo é vivo, como a terra, por exemplo, que é capaz de fazer uma semente brotar, crescer, tornar-se árvore e dar frutos que matam a fome do mundo, ou pelo menos deveriam. Em meio às disparidades sociais, uns desperdiçam, outros morrem de fome. Com pouca ou quase nenhuma esperança, homens, mulheres e crianças padecem pelos limbos de terras secas. Sofrem com o abandono. Morrem à míngua. E perdida num oceano de insensibilidade a humanidade segue por um caminho, possivelmente, sem volta. Pois, talvez seja bem tarde, infelizmente, para recomeçar e reconstruir uma nova consciência em um universo cada vez mais veloz e automatizado como este em que experimentamos hoje. 

sábado, 10 de maio de 2014

A arte de saber cuidar

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O universo sentimental de qualquer pessoa é o reflexo do que absorve no decorrer de sua infância. Assim, se uma criança recebe amor na medida certa, será um adulto mais afetuoso e mais bem preparado para a vida. O contrário também é verdadeiro, ou seja, se ela não é amada, dificilmente saberá amar. Mas, afinal de contas, qual é a dose certa do amor?

Desde os primeiros passos até a conquista da independência de um indivíduo é de suma importância a participação e interação entre pais e filhos.Vivemos uma vida agitada, estressante e, em muitos casos, nossas relações são superficiais, o que afeta profundamente a qualidade da nossa convivência. É preciso, antes de tudo, ter cuidado no cuidar. Ausências constantes e desatenção na primeira fase da vida podem gerar sérias consequências no futuro, já que transmitiremos somente aquilo que recebemos.

“Fundamental é mesmo o amor”, diz o verso da bela canção Wave de Tom Jobim. Realmente, não é possível, pelo menos para a grande maioria das pessoas, existir sem este sentimento tão imensurável que se apresenta de várias formas, tais como respeito, solidariedade, amizade. Se algo fora do normal acontece durante a formação do caráter de uma criança, como um ato de violência, por exemplo, essa base se perderá e será difícil recuperá-la. É muito tênue a linha que separa o bom e o ruim dentro de cada um.

Todo mundo/ou quase todo mundo quer ser feliz, encontrar alguém, constituir uma família e viver em paz. Contudo, a realidade não segue um roteiro com começo, meio e fim como um filme de amor. Uma vida perfeita é ilusão. A condição humana não permite tal feito. Porém, pode-se alcançar a tão sonhada felicidade em vários momentos da vida, mas para isso há que se estar bem consigo, tarefa difícil para quem trás no coração o vazio deixado pelo desamor.
O amor em demasia, aquele no qual há o exagero na proteção, torna as pessoas frágeis e dependentes, ao passo que a falta dele as torna inseguras e amargas. É preciso buscar o equilíbrio nas relações. Ainda que seja difícil, devido as incertezas do caminho, não é impossível. Saber dar liberdade ou dizer não no momento certo denota o verdadeiro sentido deste sentimento tão necessário para nossa existência.





quarta-feira, 7 de maio de 2014

Televisão: espelho do telespectador?

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Os programas de TV são pautados a partir da "vontade" da audiência. O público é o termômetro. Se não tem quem vê, não tem por que mostrar.

O filme "Heroi por Acidente" coloca em pauta uma discussão interessante: a forma como a mídia se apropria da realidade e o modo como o público reage diante disso. De um lado está a busca desenfreada pela audiência, do outro, pessoas sedentas por histórias que as façam sentir algo que as tire de suas rotinas. Pode ser indignação, admiração, encantamento. Estes dois últimos sentimentos envolvem a película em questão ao trazer a mensagem do heroi. 

Na verdade, trata-se da construção de um heroi. As pessoas gostam de herois. A impressão que dá quando se tem uma discussão como esta é a de que os telespectadores se sentem bem quando enganados. Têm prazer em criar, inventar realidades com a ajuda dos meios de comunicação. Neste caso, a TV é mais poderosa do que outros veículos. Ela conta uma história, o povo acredita. Mesmo quando a televisão não inventa o que veicula é uma construção, porque o que é apresentado é feito de recortes, de enfoques muito bem pensados. Mas se a TV mostra é porque tem quem vê e gosta de ver.

Há na audiência (público) uma necessidade de projetar seus sonhos, ambições, frustrações, raiva no outro, no personagem, como se suas vidas fossem desprovidas de sentido ou importância. É aqui que está a questão central desta discussão: as pessoas se veem nos personagens de TV, sejam eles reais ou não. E os produtores, os donos do jogo, sabem disso. E se aproveitam. E aí não tem mais volta. O que foi mostrado não será apagado. Nem a TV nem o povo voltará atrás. 

No filme, quando a ambiciosa repórter Gale Gayley, que é capaz de tudo por uma matéria impactante, descobre que, na realidade, o heroi não é quem diz ser, ela percebe que o melhor é deixar tudo como está. É assim que funciona a mídia. Afinal, quem mais sairia perdendo, se a verdade viesse à tona? O personagem criado? O público? Ou a TV? Certamente a televisão. Porque o que entra em cena nesse momento é a credibilidade e a ética. Mas será que admitir um erro de apuração, um erro grave como esse seria tão prejudicial assim para ambos os lados? Pelo visto sim. Melhor maquiar, passar por cima e continuar na busca incessante de outros personagens, novas histórias que despertem sentimentos bons ou ruins nas pessoas, mas que continuem colocando a audiência nas alturas. Infelizmente, é isso que importa em um mundo cheio de gente que prefere ser conduzida a questionar, que precisa de herois e vilões para sentir que a vida não é vã. Mesmo que tudo não passe de invenção, pura e simples. 


Sinopse 

O filme, dirigido por Stephen Frears, conta a história de Bernie Laplante, papel de Dustin Hoffman, um homem aparentemente nada amigável com problemas na justiça, divorciado e pai de um menino de 10 anos, que um dia salva 54 passageiros, vítimas de uma acidente de avião. No meio da confusão ele perde um pé de sapato e desaparece. A repórter de TV Gale Gayley, intrepretada por Geena Davis, é uma das pessoas salvas por Laplante. A fim de descobrir a identidade de seu heroi e com isso produzir uma grande reportagem, ela e o canal onde trabalha oferecem um milhão de dólares a quem encontrá-lo. Acontece que Bernie doou o sapato que restou para um desabrigado chamado John Bubber - Andy Garcia -, um homem bonito e carismático, que se apresenta como o tal heroi anônimo para embolsar o dinheiro, mas acaba conquistando o coração de toda a cidade.

domingo, 27 de abril de 2014

Artigo sobre o filme "O povo contra Larry Flynt"

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As questões discutidas no filme "O povo contra Larry Flynt" no contexto da sociedade norte-americana da década de 1970, sempre existiram e sempre existirão em qualquer tempo; e cenário social. Conservadorismo, valores morais, liberdade de imprensa e de expressão são assuntos que geram muita polêmica quando vêm à tona. 

O mundo, na verdade, está impregnado de moralidades, muitas vezes, falsas. Em toda parte, seja nos Estados Unidos, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, há grupos sociais organizados, dispostos a julgar e condenar atos que consideram fora dos padrões "normais", aprendidos ao longo da vida. O problema é que esses valores, quase sempre, só existem nos discursos hipócritas de pessoas que preferem esconder o que realmente são a revelar-se. 

A pornografia, no caso do filme, o sexo, a falta de pudor em relação ao tema é o grande "pecado" que fere profundamente as "pessoas de bem". Indivíduos que seguem uma religião, que têm princípios. Ora, mas isso são coisas que todo mundo pratica, então por que condenar? Talvez se as ações fossem mais claras, se a liberdade fosse algo real, as sociedades pudessem ser menos "fingidas", mascaradas. 

Em outra ponta, está a liberdade tanto de expressão como de imprensa. Elas devem existir sob qualquer condição. Os limites deveriam ser parte do bom senso de cada ator social. Porém, os exageros, aqueles que realmente ferem deveriam ser punidos com leis severas desde que não interfiram no direito de falar, opinar, criticar das pessoas.

O homem é um ser contraditório. Ele condena, mas também faz. Ele julga o outro, mas esconde que no fundo age igual ou pior. Ao apontar os erros desse outro, ele encobre os seus e sente-se aliviado de não ser ele o réu da vez. 

Hoje, mesmo com toda a internet e o livre acesso aos produtos inclusive os sexuais dentro do universo virtual, o escândalo como o de Larry Flynt ainda provocaria grandes embates e caçadas "às bruxas", indivíduos que ousam mostrar o que a maioria oculta. O homem de qualquer sociedade, de qualquer época será sempre o mesmo, assim como suas ações.

Sinopse: 
O filme "O povo contra Larry Flynt" narra a história do empresário Larry Flynt, o homem que explicitou o mundo da pornografia por meio de sua revista Hustler, para uma conservadora sociedade norte-americana, da década de 1970. Flynt construiu um verdadeiro império, mas teve que lutar muito para vencer as muitas batalhas judiciais que se levantaram contra ele. Acabou sofrendo um atentado que o deixou paraplégico.