As desigualdades sempre
foram marcantes na sociedade brasileira. É sabido que as discrepâncias sociais,
a segregação e a concentração de renda nas mãos das minorias são potenciais
fatores de violência. Na Cidade de São Paulo, os contrastes são aviltantes. Na
zona sul da capital, dois mundos diferentes coexistem no mesmo espaço. O
Morumbi e o complexo do Paraisópolis.
Segundo
um estudo publicado no portal da prefeitura de São Paulo, Paraisópolis é
considerada a segunda maior favela da cidade, com 55.590
pessoas e 20.832 imóveis. O estudo revela que boa parte das casas
ali é feita de alvenaria e possui
de dois a três cômodos. No Morumbi, luxuosos prédios com apartamentos
requintados, (com valores que variam entre R$ 1.406 e R$ 9.459 o m²), além de grandes
mansões compõem a distinta paisagem.
Na favela, a educação precária forma indivíduos despreparados, com poucas chances no mercado de trabalho e na vida. Em bairros como o Morumbi, as escolas particulares e as diversas atividades extracurriculares capacitam os jovens para as melhores universidades do país. Sem emprego, sem dinheiro e sem oportunidade, o caminho para muitos moradores das favelas é o da criminalidade. Os ricos tornam-se seus reféns.
Na favela, a educação precária forma indivíduos despreparados, com poucas chances no mercado de trabalho e na vida. Em bairros como o Morumbi, as escolas particulares e as diversas atividades extracurriculares capacitam os jovens para as melhores universidades do país. Sem emprego, sem dinheiro e sem oportunidade, o caminho para muitos moradores das favelas é o da criminalidade. Os ricos tornam-se seus reféns.
O
Morumbi vive o ápice da violência. Os assaltantes espreitam suas vítimas nos
faróis da avenida Giovanni Gronchi e nos portões de suas mansões. De acordo com
moradores falta policiamento na região. O problema, no entanto, é muito mais
complexo.
As
conseqüências desta disparidade são inevitáveis. Não se pode acabar com a
violência sem antes criar condições favoráveis à educação, saúde, lazer,
cultura e às necessidades básicas do indivíduo. Enquanto estas lacunas não
forem preenchidas, os crimes, o medo e a insegurança continuarão fazendo parte
do cotidiano do Paraisópolis, do Morumbi e de todos os brasileiros.
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