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Inhotim, MG |
O instituto
Inhotim é um dos mais importantes espaços de arte contemporânea do mundo e fica
nos arredores de Brumadinho, em Minas Gerais. Foi Idealizado pelo empresário
Bernardo Paz, por volta de 1980. Mais tarde, recebeu colaborações do paisagista
Roberto Burle Marx. Hoje, mais de três décadas depois, o lugar seduz pela
beleza de seu rico acervo Botânico, composto de plantas raras, além de obras de
arte.
O acervo
artístico que abrange esculturas, instalações, pinturas, desenhos, fotografias,
filmes e vídeos, conta com cerca de 500 obras de mais de 100 artistas de 30
nacionalidades distintas.
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Neste espaço, o visitante escuta o som da terra |
A arte de
Adriana Varejão
Uma das galerias
visitadas foi a da artista plástica Adriana Varejão, que é hoje um dos nomes
mais importantes da arte contemporânea. Ela participou de mais de 70 exposições
nacionais e internacionais, como Bienal de São Paulo, Tote Modern em Londres e
MoMa em Nova Iorque.
Natural do Rio
de Janeiro, a artista nasceu em 1964 e, por volta dos 17 anos, frequentou a
Escola de Artes Visuais do Parque Lage, EVA/Parque Lage, no Rio.
Sua primeira exposição individual foi em 88, na galeria Thomas Cohn também
no Rio de Janeiro. A principal fonte de produção de Adriana Varejão é a
pintura, mas ela também transita entre a fotografia, a escultura e a
instalação.
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Panacea Phantastica |
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Linda do Rosário |
Monocromatismo, violência,
história, ruína, abstração. Ela se pauta no período colonial brasileiro, como pode ser visto na pintura dos azulejos portugueses que mostra a articulação entre as culturas lusitana e brasileira. A agressividade da matéria e a presença da dor em imagens, que chocam pela semelhança com o real, estão na arte de Adriana Varejão. A artista encontra inspiração nos botecos cariocas, açougues e banheiros europeus.Na galeria em Inhotim, pintura, escultura e arquitetura trazem à tona elementos históricos e culturais nas obras Panacea Phantastica (2003-2008), Celacanto provoca maremoto (2004-2008), O colecionador (2008) e Linda do Rosário (2004). Nesta última, parte de uma parede de azulejos brancos com o interior em “carne viva”, com as entranhas a mostra, provoca as mais variadas sensações no observador. O desabamento do Hotel de mesmo nome – Linda do Rosário -, no Rio de Janeiro, em 2002, quando um casal foi encontrado morto sob as ruínas das paredes azulejadas, serviu de inspiração para o trabalho. Panacea Phantastica: trata-se de um conjunto de azulejos com imagens de 50 tipos de plantas alucinógenas de diferentes partes do mundo. A obra, que foi criada de forma a se adaptar a qualquer arquitetura, tornou-se um banco e fica na entrada do pavilhão, num espaço que serve, ao mesmo tempo, para contemplação e convivência. Um texto em um dos azulejos faz uma analogia entre efeitos alucinógenos das plantas e alterações na percepção causadas pela arte.
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