quarta-feira, 21 de maio de 2014

O que será que será?

O mundo está de pernas para o ar. Os contrastes espalham-se em todos os cantos do planeta. De um lado a ganância, a ambição desmedida, a corrupção, pessoas vendendo a alma para o diabo em troca de poder e dinheiro. Do outro, miséria, violência, abandono, descaso, ignorância, alienação. 

Acredito que chegamos a um momento crítico de nossa existência. Ao ápice da miséria humana. Da falta de cuidado com o outro, não só com aqueles que nos cercam, que fazem parte de nossa vida, mas também com as pessoas desconhecidas, com as pessoas que ainda nem nasceram. Não há respeito. O tempo passa em ritmo acelerado. O planeta grita por socorro. 

A natureza sofre e vê a raça humana caminhar para o abismo. Ela, no entanto, reponde com a mesma agressividade os danos sofridos. O poder, o lugar é dela, não nosso. Nós apenas deveríamos viver em comunhão com ela, mas isso não acontece. Pelo contrário, a destruímos dia a dia. Esta é uma característica forte do ser humano, a destruição, que ocorre pela falta de limites. Degradamos nosso planeta com guerras pelos mais variados motivos, com egoísmos, com uso desmedido e irresponsável de seus recursos que deveriam ser preservados para as futuras gerações. 

Os poderosos são os maiores culpados. Os miseráveis sofrem as consequências a curto prazo. No longo prazo, no entanto, todos pagarão por tamanha irresponsabilidade e desamor. Muitos não entendem que tudo é vivo, como a terra, por exemplo, que é capaz de fazer uma semente brotar, crescer, tornar-se árvore e dar frutos que matam a fome do mundo, ou pelo menos deveriam. Em meio às disparidades sociais, uns desperdiçam, outros morrem de fome. Com pouca ou quase nenhuma esperança, homens, mulheres e crianças padecem pelos limbos de terras secas. Sofrem com o abandono. Morrem à míngua. E perdida num oceano de insensibilidade a humanidade segue por um caminho, possivelmente, sem volta. Pois, talvez seja bem tarde, infelizmente, para recomeçar e reconstruir uma nova consciência em um universo cada vez mais veloz e automatizado como este em que experimentamos hoje. 

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